bacharel
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Origem da palavra “Bacharel”

Bacharel de origem controversa, provavelmente do latim vulgar baccalaris, variante do latim medieval baccalarius ou baccalarem, pelo francês bachaler, designando o jovem herdeiro de terras ou possessões, que ainda não é cavaleiro, aspirante a cavaleiro ou noviço de ordem religiosa, ambos estudantes.

Há indícios de que na formação da palavra tenha entrado o latim bacca lauri, baga de louro. Pode ainda ter havido relação entre a palavra beca, do judeu-espanhol beca, pensão, pagamento do estudante, com origem no hebraico bécah, moeda utilizada em Israel.

Na formatura, recebendo a beca, laureado com o diploma, estava pronto o baccalaris, o bacharel. Embora sem comprovação, é preciso atentar para a possível influência de títulos da nobreza territorial sobre as denominações universitárias, de que são exemplos campus, propriedade rural cedida para instalação de prédios universitários ou propriedade rural cedida à universidade e magnificus, título dado ao reitor, então proprietário das terras onde foram instalados os ditos prédios. Nessa linha, bacharel seria apenas o aluno que se forma nesses campi, em qualquer curso, mas como predominava o Direito, bacharel vinculou-se mais a este.

Predominavam os cursos de Teologia e de Direito, e o título de bacharel era requisito para o de doutor. Mais tarde o núcleo de saber passou a ser Filosofia, Ciências e Letras, pois a Teologia veio a ser ministrada apenas nos domínios da Igreja.

Academia: do latim academia, por sua vez derivado do grego akademeia. As primeiras escolas da civilização ocidental foram ao ar livre. O jardim onde Platão ensinava filosofia, em Atenas, chamava-se Akademos, herói grego ao redor de cuja estátua mestre e alunos perambulavam.

Calouro: do grego, kalógeros, monge grego da ordem de São Basílio ou estudante. Antigamente, os estudantes, como os monges, viviam em congregações. Antes de entrarem para a ordem, tinham a cabeça raspada para exterminar piolhos e lêndeas. Atualmente, calouro é aquele que passou no vestibular.

Diploma: do grego diploma, documento oficial expedido em duplicata. No latim conservou a mesma forma, daí vindo para o português. Originalmente era uma peça oficial gravada em placa dupla de bronze, formando um díptico, segundo ensina Antenor Nascentes. Foi no Renascimento que os eruditos passaram a usar o vocábulo para designar os atos mais solenes das autoridades. Atualmente são documentos que comprovam a obtenção de um título. É nesse sentido que recebem diplomas tanto os formandos de um curso superior como os eleitos para cargos políticos.

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