Origem da palavra “Reticência”

Reticência vem do latim reticentia, reticência, silêncio teimoso, do verbo tacere, calar, cuja raiz está presente também em tacitus, tácito, implícito, e taciturnus, taciturno, calado. A reticência indica que não foi explicitado, voluntariamente, algo que não deveria ou não poderia ser dito ou escrito.

A palavra foi formada por apofonia, separação ou mudança de som, pois não ficou”retacência”, já que o “a” passou a “i”. O sinal gráfico que a indica é designado pelo plural reticências e pode ter mais do que três pontos. Apofonia é a variação em vogal de raiz ou de afixo que pode resultar em mudança de significação ou de função gramatical.

Reticências bem empregadas aparecem em ‘O Navio Negreiro’, de Castro Alves (1847-1871): “Homens que Fídias talhara,/ Vão cantando em noite clara/ Versos que Homero gemeu…/… Nautas de todas as plagas!/ Vós sabeis achar nas vagas/As melodias do céu…”.

 As Reticências (….) “São os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho” (Mário Quintana)

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