Coroa do latim corona, radicado no grego korone, designando originalmente círculo ao redor de um astro, depois a coroa dos reis e também o coro de dança e canto no teatro, por sua disposição circular ou em semicírculo.
A expressão cara ou coroa, usada nos campos de futebol para escolha do lado em que cada time vai jogar o primeiro tempo, surgiu em 1727 na Bahia, quando a Casa da Moeda, criada em 1694, começa a cunhar moedas de ouro com a efígie do rei no anverso e as armas do reino no verso.
A palavra coroa tornou-se gíria para designar a pessoa mais velha a partir de duas hipóteses: as rugas do rosto lembravam a terra ainda por lavrar; os dentes deterioravam mais depressa e eram repostos mediante armações chamadas coroas.
O uso da Coroa
Remonta à antiguidade o uso desse ornato com que se cinge a cabeça. Povos antiquíssimos usaram coroas, símbolo de glória, distinção ou de vitórias. Nos restos da Babilônia encontraram-se objetos, coroas, que teriam sido usadas pelos caldeus em épocas remotas.
Sabe-se, entretanto, que o uso de coroas se generalizou na Grécia antiga. Coroavam-se aí reis, príncipes, deuses, sacerdotes e também as vítimas oferecidas às divindades. Notável era a coroa de Júpiter, estátua que passou à História como sendo uma das sete maravilhas do mundo.
Os gregos usavam coroas de ramos de folhas de loureiro, carvalho e de oliveira, e transmitiam o uso desse ornato aos romanos. Em Roma, com o andar do tempo, vulgarizaram-se as coroas de folhagem e de metal; generais e guerreiros famosos usavam-nas como símbolo de vitórias.
Afirma-se que foi durante o reinado de Constantino I, o Grande, a partir de 306, que a coroa, notadamente a de ouro, tornou-se insígnia do poder real. O papa, bispos, arcebispos e cardeais usam a tiara, mitra, coroa que representava a dignidade episcopal.
Uma das mais ricas coroas do globo é a usada pelos soberanos da Inglaterra.