Cometa do grego kometes, astro cabeludo, que vem da segunda parte da expressão grega aster kometes, literalmente “estrela de cabelos longos”, termo derivado de komes “cabelo, cabeleira”; resultando no português coma, sinônimo de crina, cabelo, juba. Não há relação com koma, que deu o coma da linguagem médica.
O nome foi dado pela nuvem luminosa que envolve o núcleo do cometa, que dá a impressão de uma longa cabeleira flutuando ao sabor do vento. Os antigos astrônomos falavam dos cometas como se eles tivessem uma estrutura análoga à de um animal, denominando suas partes de cabeça, cauda e coma (ou cabeleira), terminologia até hoje utilizada em Astronomia.
No português antigo era palavra feminina, mas depois mudou para masculino, para designar preferencialmente o corpo celeste que se move em torno do Sol, fazendo uma trajetória excêntrica, bem diferente das dos planetas, aparecendo no céu com uma cauda semelhante à cabeleira com milhões de quilômetros, o que torna possível vê-los daqui da Terra.
Foi o que aconteceu na noite de Natal, entre 4 e 6 a.C., assim chamada porque, por conveniência religiosa, fixou-se a data como do nascimento de Jesus (entre 4-6 a.C.-29 ou 27), marcada pela Estrela de Belém, que era um cometa. A expressão “passou como um cometa” deve-se à incrível velocidade desse tipo de astro.