Bruxaria de bruxa, feminino de bruxo, provavelmente do latim bruxu, gafanhoto sem asas, designando ainda na Idade Média o Demônio e também o herege, acusado de ter pactos com o Maligno.
É um derivado de bruxa, cuja origem até hoje não foi determinada com precisão. Embora alguns autores tentem provar que o vocábulo proveio do latim, o mais provável é que ele já existisse em algum dos dialetos falados na Península Ibérica antes da chegada dos romanos, como foi o caso de bezerro, cama, morro e sarna. Esta hipótese é reforçada pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (português bruxa, espanhol bruja, catalão bruixa); se viesse do latim, deveria também estar presente no francês (que usa sorcière) e no italiano (que usa strega), que também pertencem à família das línguas românicas.
A origem remota é pré-romana. É sinônimo de feitiçaria, presente também no sincretismo religioso afro-brasileiro, sob o nome de mandinga, palavra oriunda da expressão mayanga mandinga, proferida pelos mandingos, povo do norte da África. Era gritada por pessoas enraivecidas, praguejando umas contra as outras enquanto sacudiam pacotilhos presos ao pescoço, em forma de escapulários, com ameaças de feitiços, bruxarias, invocando forças malignas.