Abita do francês bitte, peça náutica onde é enrolada a corta da âncora. O francês a trouxe do escandinavo biti, como até os vikings a chamavam. Ainda no francês, bitte virou bitter, isto é, soltar toda a corda até que a âncora chegasse ao fundo. Os marinheiros tomavam uma bebida amarga, muito apreciada por eles, caindo numa bitture, bebedeira, que no francês antigo se escrevia boiture, derivado de boîte, caixa, lata, frasco, redução do latim bibita, bebida.
Assim, o francês bitter, mesclou-se ao inglês bitter, bebida digestiva, alcoólica, feita com ervas e raízes amargas, estimulante do apetite e também um bom digestivo. Foi em tal contexto que a expressão “até o fim” mudou para “até o mais amargo fim”, trocando também de significado, passando a designar algo que demora a terminar e não é agradável.