Abacate vem da língua asteca náuatle, com o nome de awakalt, (o qual significa “testículo”, em referência a sua forma), o espanhol denominou aguacate, de onde chegou ao português.
O nome se deve à similaridade da fruta com essa parte do órgão sexual quando ainda está pendurada na árvore, sempre de forma torta e de dois em dois. O povo antigo mexicano deu esse nome à fruta demonstrando o seu humor apimentado, criando uma linguagem de duplo sentido. Molli significa molho, e então aguacamolli, quer dizer, molho de abacate, ou guacamole.
O abacate, fruta de grande caroço, cuja polpa, muito saborosa, é constituída de 20 a 25% de óleo, é também utilizada na fabricação de perfumes. A árvore que dá esses frutos, a Persea americana, oriunda do México e da América Central e hoje espalhada pelo mundo, recebeu no Brasil um nome mais simples e coerente com sua função essencial: abacateiro. Suas folhas têm o poder diurético.
A história do abacate
Originário da América tropical (México, Guatemala e Antilhas), o abacate espalhou-se até a América do Sul, chegando à Amazônia. Hoje, a fruta pode ser encontrada por todas as regiões do globo que possuem solos férteis, profundos e calor que lhe seja suficiente, podendo ser encontrado em grande variedade de formatos, tamanhos, texturas e coloração.
No seu passeio pelas terras quentes do planeta, o abacate adaptou-se a diferentes ambientes, sendo domesticado pelo homem até se tornar uma espécie largamente cultivada.
É consumido isoladamente ou em saladas temperadas com molhos, como no guacamole, prato da culinária mexicana, ou como sobremesa, batido com leite e açúcar ou com açúcar e limão, em Moçambique e no Brasil.
O abacate é um fruto arredondado ou piriforme, de peso médio de 500 a 1500g. Sua casca varia, em colorido, do verde ao vermelho-escuro, passando pelo pardo, violáceo ou negro. As suas duas principais variedades são a Strong (cor verde) e a Hass (cor roxa). A árvore, o abacateiro, atinge até 30m e cresce melhor em climas quentes.
Além do seu valor nutritivo a Persea americana é amplamente utilizada na Medicina Ayurvédica para o tratamento de várias doenças, tais como hipertensão, dor de estômago, bronquite, diarreia, e diabetes. Pesquisas tem evidenciado que seu extrato aquoso tem atividade analgésica e anti-inflamatória comparável ao ácido acetilsalicílico.