vintém
vintém

Origem da palavra “Vintém”

Vintém do português arcaico vinteno, radicado no latim viginti, vinte, designando antiga moeda portuguesa, de cobre ou de bronze, que valia 20 réis. Mais tarde, o vintém foi cunhado também em prata. A moeda deu nome à Guerra do Vintém, como passou à História a revolta popular ocorrida no final do século XIX, na capital fluminense, contra um imposto sobre o transporte público.

O vintém de cobre foi cunhado no Brasil de 1693 até aproximadamente 1832. Foram cunhados vinténs de bronze por D. Pedro II do Brasil de 1868 até 1870 e durante a República, de 1889 a 1912. E, pela última vez, de 1918 a 1935. Na cultura popular, uma pessoa que está sem nenhum vintém está relativamente sem dinheiro. Também foi frequente a expressão não vale nem um vintém, isto é, não tem valor, vale pouca coisa.

Tostão – vem do francês teston, do italiano testone, “cabeça grande”, aumentativo de testa, “cabeça”. Isso porque essa moeda do século XIII apresentava inicialmente uma cabeça do governante do momento bem visível numa das faces (fato que era o habitual, por outro lado). Ela chegou a ser de ouro ou de prata, mas com o tempo acabou perdendo significado e sendo sinônimo de “dinheiro de pouco valor”. Testa “cabeça” vem do latim testa, “concha, carapaça, vaso de argila”, pelo formato.

Dobrão – do espanhol doblón, de doblo, “duas vezes”, provavelmente porque valia duas moedas de dez maravedis.

Pataca – O nome “pataca” deriva-se da moeda de prata de oito reais mexicanos, a pataca era uma moeda de prata, com o valor de 320 réis que foi emitida pelo governo português até o século XIX. No Brasil, a pataca era uma moeda de prata, de origem portuguesa.

As patacas foram as moedas que por mais tempo circularam no país – de 1695 a 1834. Essa moeda chegou a ser cunhada no Brasil até 1821, nas casas da moeda de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1834, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhou uma nova série de moedas de prata para substituir as patacas, que circularam durante o período colonial. O valor de 400 réis – cruzado – deu nome à série.

Cruzeiro – essa passou a ser a moeda corrente no Brasil por vários anos a partir de 1942. Seu nome foi escolhido a partir da constelação do Cruzeiro do Sul, um símbolo característico de alguns países de nosso hemisfério e que não pode ser avistado no hemisfério Norte. Não precisamos dizer que cruzeiro vem de cruz, do latim crux.

Cruzado – foi usado no Brasil entre 1986 e 1989 e sua origem é a mesma que a do cruzeiro. A propósito, é interessante dizer que o cruzado, antiga moeda de ouro portuguesa (quatrocentos réis), remonta à época das expedições (Cruzadas) à Palestina.

Real – O nome da moeda brasileira é o mesmo da primeira moeda usada no país, conhecida pelo plural corrente na época, “réis”. O real deriva de Unidade Real de Valor (URV), indicador de medição do custo de vida da população que foi adotado no período de transição entre a moeda anterior, o cruzeiro real, e o atual real.

Conto de réis

Conto de réis é uma expressão adotada no Brasil e em Portugal para indicar um milhão de réis (R$ 1.000.000 ou R$ 1.000.000). “Conto” deriva do latim computus, a conta dez vezes cem mil. Um conto de réis correspondia a mil vezes a importância de um mil-réis (R$ 1.000), sendo assim o real 1/1.000.000 de um conto de réis em representação matemática decimal atual.

Em Portugal, por ocasião da proclamação da República, o real foi substituído pelo escudo na razão de 1 escudo por mil-réis. Mesmo após a substituição do real pelo escudo, continuou a utilizar-se a expressão “conto”, agora para indicar mil escudos.

Denominações especiais

Vintém – 20 réis
Tostão – 80 réis (período Colonial e Imperial); 100 réis (em cuproníquel emitida entre 1917 a 1932).
Pataca – 320 réis
Cruzado – 400 / 480 réis
Patacão – 960 réis
Dobra – 12.800 réis (12$800)
Dobrão – 20.000 réis (20$000)

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