A palavra rua provém do latim ruga (ruga, sulco, caminho), que além de designar o “caminho” de um rosto mais velho, como em “ruga” (dobra na pele em forma de sulco), perdeu o “g” e virou “rua”, caminho de passagem mesmo.
A explicação está no fato de que, na Roma Antiga, as ruas tinham a função primária de servir como canais de escoamento das águas das chuvas e das águas-servidas. Subsidiariamente, as ruas funcionavam também como via de circulação. Como sabemos, essa ordem de prioridades funcionais inverteu-se nas cidades modernas.
É interessante notar que em espanhol, embora exista a palavra “rua” com o mesmo significado, a palavra que se fixou para designar rua é calle, que tem a mesma etimologia da palavra portuguesa “calha” – cuja origem é o latim canalis, que vai dar em “canal”, “cano”.
Já a palavra avenida vem do francês avenue, particípio passado de avenir “chegar”, pelo espanhol avenida, do latim venire – designando aquela parte em que o rio vem mais amplo e mais impetuoso, refere-se atualmente à rua larga e muitas vezes com duas vias. Via do latim via, “caminho, estrada”.
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Estrada vem do latim via strata “caminho pavimentado”, onde a última palavra é o particípio passado de sternere “estender sobre, calçar, aplainar”.
Praça provém do latim platea, “lugar amplo, largo”, de platus, “chato, liso”.
Logradouro vem de lograr no sentido de “obter, desfrutar de, conseguir”, derivado do latim lucrari, “ganhar, desfrutar, obter, lucrar”.
Rodovia é de rota “roda”, mais via: é um caminho preparado para a passagem de veículos.
Alameda vem de álamo, árvore que muitas vezes era plantada à beira de caminhos.
Largo vem do latim largus, “o que existe em abundância, copioso” e se refere às dimensões do lugar.