Rasgar seda é uma expressão popular brasileira, que significa “elogiar muito ou exageradamente”, em geral com sentido de bajulação, com o intuito de conseguir um favor e muitas vezes entre pessoas com pouca intimidade. A expressão “rasgar seda”, pode muitas vezes constranger ou irritar uma pessoa.
Em inglês esta expressão pode ser traduzida por “flatter” (sendo a tradução literal “lisonjear”) ou “butter up” (cuja tradução é “amanteigar”).
She flatters him all the time. Surely she must want something from him.
Ela não pára de rasgar seda. Com certeza ela quer alguma coisa dele.
He has been buttering up his boss for months, so I guess he will get the promotion.
Ele está na rasgação de seda com o chefe há meses, por isso acho que ele deve conseguir a promoção.
Origem da expressão
Esta expressão legítima sempre foi sinônimo de elogios excessivos e surgiu pela primeira vez numa das comédias do dramaturgo Luís Carlos Martins Pena, o fundador do teatro de costumes no Brasil.
Em uma das cenas da peça de teatro, um vendedor de tecidos vai à casa de uma moça e, se aproveitando da sua profissão, começa a cortejá-la, fazendo múltiplos elogios à senhorita. O vendedor chega mesmo a oferecer alguns panos “apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela”. No entanto, a moça responde prontamente: “Não rasgue a seda, que esfiapa-se”. Com estas palavras, a jovem quis dizer que os muitos elogios do vendedor poderiam ter exatamente o efeito contrário, e fazer com que ela perdesse o interesse no vendedor.
Esse é o grande problema dos “rasgadores de seda”, podem ganhar o rótulo de bajuladores, de pessoas que só fazem elogios na esperança de conseguir algum favor de outrem. A partir deste episódio ilustrado na peça de Luís Carlos Martins Pena, a expressão “rasgar seda” ganhou popularidade e é usada ainda hoje.