O camaleão simboliza mudança, flexibilidade, capacidade de adaptação e evolução. A simbologia do camaleão passa da ordem ética e psicológica para a ordem cósmica, indicando o deslocamento dos centros de interesse e observação.

Origem

Camaleão é o nome dado a todos os animais pertencentes à família Chamaeleonidae, uma das mais conhecidas famílias de lagartos. Há cerca de 80 espécies de camaleões, a maioria delas na África, ao sul do Saara, estando também presentes em Portugal e na Espanha. Os camaleões distinguem-se de outros lagartos pela habilidade de algumas espécies em trocar de cor, por sua língua rápida e alongada, por seus olhos, que podem ser movidos independentemente um do outro, tendo alguns membros da família cauda preênsil. A família teve origem há mais de 100 milhões de anos, quando se separou da família Agamidae, de acordo com o registo fóssil.

Simbologia

O camaleão é um tipo de lagarto que tem a habilidade especial de mudar de cor para se camuflar em seu meio ambiente e se proteger dos predadores. O camaleão possui também um língua longa e rápida e dois olhos que se movem de modo independente um do outro.

Etimologia

O nome camaleão deriva do grego chamai (no chão) e leon (leão), significando leão do chão.

Cultura

A palavra camaleão é comumente usada para se referir a pessoas que passam por alterações frequentes de humor, de comportamento ou de opinião, podendo ser caracterizadas como volúveis ou maleáveis. O termo pode ter um sentido pejorativo, mas também positivo ao conotar flexibilidade ou, no caso dos atores, da boa capacidade de interpretar e “vestir uma nova pele”.

De acordo com a tradição, o camaleão surgiu quando a Terra ainda não tinha se separado das suas águas primordiais, sendo uma dos primeiros seres a povoar a Terra. Em todo o Ocidente, o termo “camaleão” é bastante utilizado para adjetivar bons atores. Também é usado na linguagem figurada como sinônimo de uma pessoa volúvel e maleável, que adapta seu comportamento e características conforme o ambiente. Nem sempre o termo tem conotação negativa (de falsidade), podendo significar também “flexibilidade”.

Na simbologia de algumas tribos africanas, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, com medo de maldições. Os camaleões são personagens frequentes de fábulas, onde geralmente representam bichos lentos, astutos e pouco confiáveis.

Mecanismo de mudança de cor

Durante muito tempo pensou-se que os camaleões mudavam de cor por dispersão de pigmento contendo organelas dentro de sua pele. No entanto, pesquisas recentes sobre camaleões-pantera mostrou que não é isso que acontece.

Os camaleões têm duas camadas sobrepostas, dentro de sua pele, que controlam a sua cor e a termorregulação. A camada superior contém uma estrutura de nanocristais de guanina, e o espaçamento entre esses nanocristais pode ser manipulada mediante excitação da rede cristalina, o que, por sua vez, afeta os comprimentos de onda de luz que são refletidos e os que são absorvidos. Excitar a rede cristalina causa um aumento na distância entre os nanocristais, e a pele passa a refletir comprimentos de onda de luz mais longos. Assim, quando em estado relaxado, os cristais refletem azul e verde, mas em um estado excitado, os comprimentos de onda mais longos, como amarelo, laranja e vermelho são refletidos.

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